Mário era uma criança como tantas outras, institucionalizada. Desde os 8 meses de idade que vagueia de colo em colo e sonha apenas em ser feliz, mesmo sem saber o seu significado.
Foi retirado à família biológica por maus-tratos e depositado numa casa onde muitos outros meninos precisam de cuidados.
Aos dois anos encontrou no olhar de um casal uma luz que o fez renascer. Chama-lhes Padrinhos. É com eles que passa os fins-de-semana, as férias e as festas. São eles que se preocupam se come ou se está doente. São eles que telefonam quando se sente perdido e infeliz.
O Mário tem agora cinco anos e queria muito poder morar sempre naquela casa, onde para além dos Padrinhos, tem uma irmã de oito anos e um irmão de doze que o acolhem e o recebem de braços abertos, mas a Madrinha diz-lhe que ainda não pode ser.
O que o Mário não sabe é que esta família, já com dois filhos, passa dias e dias nos tribunais e luta diariamente para o adoptar, para o trazer definitivamente para o lar que querem que também seja o seu. Mas aquele senhor de bata preta e ar sisudo a quem chamam juiz não deixa, porque a mãe biológica de vez em quando lembra-se que tem um filho e aparece. Não aparece para lhe dar carinho e amor, mas para dizer que tem um filho e que ele é seu.
Neste Natal o Mário apenas tinha um desejo: acordar todos os dias naquela casa, com aquela família a quem ele chama sua e que o faz simplesmente sorrir e viver!
12 comentários:
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Assim é Querida Amiga
Raios partam a treta da justiça que temos, as pessoas como a mãe e o pai do Mário
talvez estejam à espera de entregar o Mário à mãe que aparece quando lhe apetece, só par dizer que o pariu, para de seguida lhe dar os tratos do costume, e um dia a criança aparecer maltratada ou morta
como em tantos casos que temos visto
Espero que o Mário tenha o que tanto deseja, o carinho e a familia que o ama e o estima, lutando por ele
Um beijo com muito carinho e aquele abraço
e ainda dizem que é tudo para salvaguardar o bem-estar e os direitos das crianças!!!!
quando irão mudar as coisas...
um beijo.
Ser mãe ou pai não significa que sejam MÃE ou PAI.
É a triste realidade de muitas crianças, infelizmente!
E a nossa justiça por vezes... :-(
Enfim!...
Beijos e um bom ano para ti e para os teus.
Fica no ar, a tristeza do texto e a simplicidade das tuas palavras.
Gostei de encontrar.
Gui
Seria mais facil facilitarem e alterarem as regras da adopção do que por exemplo legalizar o aborto!
Voltei para te reler. Coisas novas?
bj
Gui
Coisasdagaveta.blogs.sapo.pt
Pois... é a justiça que temos... e as leis que temos... concordo com o Miguel!
Beijos
Somente para dizer que essa situação é constante nesse nosso BRASIL, tive mil problemas com a justiça por causa de uma guarda.
mas graças a Deus hoje crio meu pequeno e os outros cinco irmãos dele, mas todos ainda somente guarda provisória, se a mãe decidir pegar de volta acho que a lei devolve.
Sofro só de pensar mas fazer o que a lei humana não é a lei de Deus.
Luzimar
Todas crianças têm o direito de ver os seus desejos realizados mas as nossas leis, infelizmente, não estão feitas para realizar desejos de crianças.
Os legisladores devem ter nascido e crescido com ausência de desejos.
~*Um beijo*~
Joana, doce menina
que o desejo do Mário se concretize
queria muito sentir o sorriso do Mário, saber que já está na casa onde o amor existe
os srs. de bata preta muitas vezes deviam falar com o coração
dói saber que casos assim acontecem a muitas crianças
beijinhos para ti e como sempre estico até ti os meus braços para te darem um abraço carregado de carinho,
lena
Deus escreve direito por linhas tortas e tenho a certeza que um dia esse miúdo há de ser feliz...
Mas quem se preocupa com isso ? Tu, eu e mais alguns ?
De facto a solução até é simples.
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