quinta-feira, 4 de janeiro de 2007

Mário, o menino prisão


Mário era uma criança como tantas outras, institucionalizada. Desde os 8 meses de idade que vagueia de colo em colo e sonha apenas em ser feliz, mesmo sem saber o seu significado.

Foi retirado à família biológica por maus-tratos e depositado numa casa onde muitos outros meninos precisam de cuidados.

Aos dois anos encontrou no olhar de um casal uma luz que o fez renascer. Chama-lhes Padrinhos. É com eles que passa os fins-de-semana, as férias e as festas. São eles que se preocupam se come ou se está doente. São eles que telefonam quando se sente perdido e infeliz.

O Mário tem agora cinco anos e queria muito poder morar sempre naquela casa, onde para além dos Padrinhos, tem uma irmã de oito anos e um irmão de doze que o acolhem e o recebem de braços abertos, mas a Madrinha diz-lhe que ainda não pode ser.

O que o Mário não sabe é que esta família, já com dois filhos, passa dias e dias nos tribunais e luta diariamente para o adoptar, para o trazer definitivamente para o lar que querem que também seja o seu. Mas aquele senhor de bata preta e ar sisudo a quem chamam juiz não deixa, porque a mãe biológica de vez em quando lembra-se que tem um filho e aparece. Não aparece para lhe dar carinho e amor, mas para dizer que tem um filho e que ele é seu.

Neste Natal o Mário apenas tinha um desejo: acordar todos os dias naquela casa, com aquela família a quem ele chama sua e que o faz simplesmente sorrir e viver!

12 comentários:

antónio paiva disse...

............

Assim é Querida Amiga

Raios partam a treta da justiça que temos, as pessoas como a mãe e o pai do Mário

talvez estejam à espera de entregar o Mário à mãe que aparece quando lhe apetece, só par dizer que o pariu, para de seguida lhe dar os tratos do costume, e um dia a criança aparecer maltratada ou morta

como em tantos casos que temos visto

Espero que o Mário tenha o que tanto deseja, o carinho e a familia que o ama e o estima, lutando por ele

Um beijo com muito carinho e aquele abraço

musalia disse...

e ainda dizem que é tudo para salvaguardar o bem-estar e os direitos das crianças!!!!

quando irão mudar as coisas...

um beijo.

Anónimo disse...

Ser mãe ou pai não significa que sejam MÃE ou PAI.
É a triste realidade de muitas crianças, infelizmente!
E a nossa justiça por vezes... :-(
Enfim!...
Beijos e um bom ano para ti e para os teus.

Anónimo disse...

Fica no ar, a tristeza do texto e a simplicidade das tuas palavras.
Gostei de encontrar.
Gui

Miguel... disse...

Seria mais facil facilitarem e alterarem as regras da adopção do que por exemplo legalizar o aborto!

Guilherme F. disse...

Voltei para te reler. Coisas novas?
bj
Gui
Coisasdagaveta.blogs.sapo.pt

Alma Minha disse...

Pois... é a justiça que temos... e as leis que temos... concordo com o Miguel!
Beijos

LUZIMAR disse...

Somente para dizer que essa situação é constante nesse nosso BRASIL, tive mil problemas com a justiça por causa de uma guarda.
mas graças a Deus hoje crio meu pequeno e os outros cinco irmãos dele, mas todos ainda somente guarda provisória, se a mãe decidir pegar de volta acho que a lei devolve.
Sofro só de pensar mas fazer o que a lei humana não é a lei de Deus.
Luzimar

Rosmaninho disse...

Todas crianças têm o direito de ver os seus desejos realizados mas as nossas leis, infelizmente, não estão feitas para realizar desejos de crianças.
Os legisladores devem ter nascido e crescido com ausência de desejos.

~*Um beijo*~

lena disse...

Joana, doce menina

que o desejo do Mário se concretize

queria muito sentir o sorriso do Mário, saber que já está na casa onde o amor existe

os srs. de bata preta muitas vezes deviam falar com o coração

dói saber que casos assim acontecem a muitas crianças


beijinhos para ti e como sempre estico até ti os meus braços para te darem um abraço carregado de carinho,

lena

cristóvão silva disse...

Deus escreve direito por linhas tortas e tenho a certeza que um dia esse miúdo há de ser feliz...

Rui Gonçalves disse...

Mas quem se preocupa com isso ? Tu, eu e mais alguns ?
De facto a solução até é simples.