quarta-feira, 20 de junho de 2007

Carácter (ou falta dele)



Na sociedade escolhem-se determinados indivíduos, grupos ou profissões, para aliviar toda a raiva que se tem do mundo.
Em Portugal, todos falam de boca cheia, todos criticam.

Há os coitadinhos, que gostam de o ser e não fazem nada para mudar isso. São os coitadinhos-congénitos.
Há os arrogantes-convictos, que ferem e matam, que sabem mais do que todos, que bebem saber e dormem em verdades.
Há os anormais-estúpidos, aqueles que são parvos e não sabem, que se fazem de estúpidos para atingir um fim.
Há os mafiosos-fingidos, que se acobardam atrás de uma capa para arrasarem qualquer um. Parecem afáveis na maioria das vezes e até amigos do amigo, mas na primeira oportunidade apunhalam pela costas.

Já não se trata de mau carácter, nem de traços de personalidade, mas de fugas à realidade. Com tanta frustração há que imputá-la a alguém ou será contra alguém?! Há deste tipo de pessoas em todos os sectores de actividade, em todas as sociedades, em todas as profissões.

Chamam-nos* elitistas, dizem que usamos palavras caras ou que vivemos num patamar superior. Mas todos acham que podem fazer o que nós* fazemos. Na verdade, acho que todos gostavam de ser como nós* somos!

* a todos os-da-minha-espécie ou que têm a mesma formação académica (lic. arquitectura). Por me sentir cansada de ser saco-de-porrada e ser "julgada" no meio-comum pela actividade profissional que exerço!

2 comentários:

antónio paiva disse...

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Querida Amiga,

é a primeira vez que te corrijo:

todos gostavam de ser como tu, assim é que está certo!

peço-te desculpa, mas não seria coerente comigo mesmo, nem verdadeiro contigo e, isso nunca!

sabes o problema são as maçãs podres que existem em todos os cestos, depois dão aso a que as bocas mais sujas, tratem o cesto inteiro da mesma forma
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Beijo e aquele abraço

Rui Gonçalves disse...

Em tudo na vida temos a lei decimal. Por cada coisa boa, quase sempre 10 más a acompanham.
Não é pessimismo, apenas realismo.